Nome do Estudante: Michele Cristiane Loos Faustino Janz

PROBLEMA

Movimentação e Transporte de Transformadores de Força, adequação dos equipamentos utilizados no transporte para o deslocamento das cargas que excedam largura, peso e principalmente altura, em Santa Catarina. Considerando que o equipamento utilizado neste tipo de transporte desgasta as rodovias, causa transtornos de fluxo de veículos além de prejudicar o meio ambiente com seus poluentes, o problema consiste em análise sistêmica da operação de transporte, da roteirização a da malha viária e proposição de alternativa operacional.

SOLUÇÃO PROPOSTA

Segundo Machry, (MACHRY, pg.4) partindo da hipótese de usar dirigível como uma alternativa ao transporte de superfície, nos casos de deslocamentos de cargas excedentes. A possibilidade de se dispor de um veículo com capacidade para içar cargas pesadas e volumosas no local de produção e movimentá-las diretamente até o destino final, sem a necessidade de transbordos, é uma ideia que merece especial atenção.

A utilização dos dirigíveis no transporte de cargas excedentes propõe-se evitar os transtornos nas rodovias provocados pelas enormes carretas utilizadas para essa finalidade, preservando pontes e viadutos de desgastes e fadiga precoce de material pelo excesso de peso transportado; considerando-se ainda que um dirigível cause menor impacto ambiental, tanto no aspecto do uso do solo, como no da poluição sonora e atmosférica. Para que um projeto como este seja implantado, é necessário saber que este tipo de transporte tornou-se muito mais seguro, e com a tecnologia atual é possível analisar previamente toda a atividade meteorológica, atuando em tempo hábil e mitigando todas as possibilidades de dificuldade devoo.

A exploração de novas tecnologias é um fenômeno natural, inovando o que já existe, com dirigíveis muito mais leves e seguros, existem vários projetos deste nível em processo com aeronaves que podem transportar cargas de 20 a 500 toneladas dependendo da empresa fabricante da aeronave.
Em Santa Catarina a existência de várias empresas fabricantes de transformadores gera demanda de carga para o setor e, que atualmente, a restrição de infraestrutura nas rodovias é fator agravante do custo, viabilizando a utilização deste equipamento (dirigível).

Conforme figura acima, evidenciando a restrição de altura da carga, é constante a dificuldade das empresas transportadoras para efetuar com sucesso o transporte de transformadores do embarcador até o destino final. A utilização de dirigíveis resulta em otimização da roteirização e minimização dos impactos negativos gerados na infraestrutura viária e ambiental, oportunizando uma nova segmentação logística.

Particularmente, a região de Santa Catarina torna-se um campo propício à implementação desta tecnologia visto que o espaço aéreo não possui tanto tráfego quanto em outras regiões do país. O dirigível poderá transportar praticamente qualquer carga, substituindo caminhões, navios e aeronaves no transporte de cargas excepcionais.

A proposta se utilizar dirigíveis para transporte de cargas além de inovador criará um novo segmento de transporte, a utilização de uma ideia que surgiu no início do século e teve como percursor os brasileiros Santos Dumont remete-nos ao sentido de reconquista e desenvolvimento, visto que, com as tecnologias atuais a eficiência deste meio de transporte deverá superar a metodologia atual.

Um dos criadores e maiores incentivadores dos dirigíveis foi o brasileiro, Alberto Santos Dumont, sendo o primeiro a introduzir um motor interno à gasolina em um dirigível, tendo voado 11 dirigíveis semi-rígidos no fim do Século XIX (1898) e início do XX (1905) na França.

Após, a Companhia Zeppelin operou travessias transatlânticas comerciais entre Friedrichshafen, Alemanha, e Rio de Janeiro, nos anos 30, com os lendários LZ 127 GRAF ZEPPELIN e o ZEPPELIN LZ 129 HINDENBURG.

Atualmente o uso de dirigíveis é basicamente em publicidade ou em tomadas aéreas para câmeras de televisão. Nos últimos anos, diversas empresas têm apresentado ao mundo dirigíveis mais seguros e eficientes. Entre elas, a Zeppelin Company, fabricante do Hindenburg, e a Worldwide Aeros Corp, desenvolvedora do Aeroscraft.

Uma aeronave mais leve do que o ar, como um dirigível, é preenchida com gás hélio ou hidrogênio, o que lhe proporciona flutuabilidade; ou seja é o efeito de algo que se eleva em relação a uma substância mais pesada que o rodeia. O ar é mais leve que a água, então se você inflar uma bola com ar, ela flutuará em uma piscina. A mesma coisa acontece com o hélio ou hidrogênio, ambos mais leves que o ar . Um avião normal é muito mais pesado que o ar, de forma que a sustentação deve ser suprida por outros meios.

Sustentação é a força sobre a asa imersa em um fluido em movimento (neste caso, o ar) e atua perpendicularmente ao fluxo do fluido. Quando o avião se move pelo ar com velocidade suficiente, a deflexão do ar cria a sustentação.

Os projetos atualmente divulgados devem estar em operação até 2020, movidos a hélio semelhantes ao Lockheed Martin High Altitude Airship com velocidade máxima de cerca de 125km/h, são o futuro do transporte aéreo que respeita a natureza, e deve começar a dominar as rotas de distribuição de aparelhoseletrônicos de Taiwan para os EUA até o final da década.

No Brasil esta tecnologia já é uma realidade , a Airship do Brasil , empresa nacional formada pelos grupos Engevix e Transporets Bertolini , encontram-se em fase se produção do primeiro Dirigível de Transporte de Carga no Brasil , Projeto ADB-3-30 , desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de São Carlos , conforme seu Diretor Paulo Vicente Caleffi tem estimativa de entrar em operação em julho de 2016 , inicialmente com capacidade de carga de 54 toneladas podendo chegar a produção de aeronaves com capacidade de 200 toneladas.

EMBASAMENTO TEÓRICO PARA A RESPOSTA.

Buscou-se apresentar neste trabalho as dificuldades em realizar o transporte de transformadores de Força com excesso de comprimento, largura, altura e peso, especificado na Resolução 210/2006 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) 210/2006 – Estabelece os limites de peso e dimensões para veículos que transitem por vias terrestres e dá outras providências.

A finalidade dos transportes especiais é realizar a locomoção de cargas indivisíveis excedentes, de um ponto determinado de origem a um determinado ponto de destino, que necessitam de cuidados especiais no carregamento, trajeto e descarregamento. O transporte de carga especial requer uma série de procedimentos desde a segurança com a carga, do motorista e dos demais envolvidos na evolução da operação, inclusive a população.

Devido à precariedade ou restrições das vias de trânsito, limitações de viabilidade pelo excedente verificado (comprimento, largura e/ou altura da carga) torna-se importante ressaltar que, nem sempre, o menor trajeto é o mais viável devido às restrições quanto às dimensões extraordinárias, seja largura, pesotransportado e, especialmente a altura.

O transporte de cargas especiais depende de um profundo conhecimento da infraestrutura viária, de frota adequada, profissionais com treinamento adequado dentre outros órgão especializados na área de transporte. A infraestrutura catarinense é deficiente e insuficiente para o transporte de cargas em geral com maior dificuldade para o transporte de cargas especiais excedentes.

  • Principais embarcadores deste tipo de equipamento:

ABB (Asea Brown Boveri) transformadores

O grupo ABB foi formado em 1988, quando a sueca Asea e a suíça Brown Boveri BBC uniram-se adotando o nome ABB. A história da Asea teve início em 1883. A Brown Boveri foi fundada em 1891.

Sua história no Brasil começou em 1912 em São Paulo, quando a empresa forneceu equipamentos elétricos para um dos cartões postais do país, o Bondinho do Pão de Açúcar, somente em 2000, adquiriu a antiga empresa Mega Transformadores Ltda. em Blumenau, onde fabricam transformadores a óleo entre 500 KVA e 10000 KVA.

Endereço: Rua Doutor Pedro Zimmermann, 5470 – Itoupava Central, Blumenau – SC.
CEP: 89065-000.
Telefone: (47) 3221-3100
http://new.abb.com/br/empresa/abb-no-brasil

WEG equipamentos elétricos S/A

Fundada em 1961, a empresa atua em vários segmentos de metalúrgica; em Blumenau, trabalha na fabricação de transformadores, onde distribui seus produtos por todo país.

Endereço: Rua Doutor Pedro Zimmermann, 6751 – Itoupava Central, Blumenau, SC.
CEP: 89068-001.
Telefone: (47) 3337-1000
www.weg.net

  • Transportadoras:

Gislon Transportes Ltda.

A empresa atua a mais de 12 anos no ramo de transportes especiais onde seus principais clientes são:

ABB Transformadores

WEG Equipamentos Elétricos S/A

WEG Automação S/A

TRAFO Equipamentos Elétricos

AREVA-WALTEC Transformadores/Painéis

PETROBRÁS

VALE DO RIO DOCE

Endereço: Rua Heldo Florentino Wan Dall, 70, Belchior Central, Gaspar – SC
CEP: 89110-000
Telefone: (47) 3397-7101
http://www.gislon.com.br
Responsável técnico: Rodrigo Miguel


Mega Trans SP (em casos especiais com peças acima de 120 ton.)

Endereço: Av. Chiyo Yamamoto, 389 A, Nova Bonsucesso, Guarulhos – SP
CEP: 07176-040.
Telefone: (11) 2865-8076/2876-5250

Transportes Pesados Blumenau

Com mais de 20 anos de experiência no ramo de movimentação de cargas pesadas, cargas indivisíveis com excesso de tamanho e/ou peso, carretas com capacidade para até 180 toneladas.

Endereço: Rua Doutor Pedro Zimmermann, 2211 – Itoupava Central, Blumenau – SC.
CEP: 89065-000.
Telefone: (47) 3338-3000
www.guindastesblumenau.com.br

Transpi Transportes

A empresa TRANSPI possui sede própria desde 2005, em Itajaí – SC; conta com mais de 16 anos de experiência em movimentação de cargas com guindastes, transportes especiais com excedentes de peso e medidas e remoções industriais.

Endereço: Rodovia BR 101, 7707, Km 123, Trevo de Itajaí / Brusque, Itajaí – SC.
Telefone: (47) 3241-9200
www.transpi.com.br
contato@transpi.com.br.

  • Tipos de equipamentos

Na movimentação de cargas excedentes exigem-se cuidados especiais, demandado por profissionais qualificados e capacitados com amplo conhecimento da legislação e infraestrutura rodoviária e principalmente, equipamentos adequados e projetados especificamente para este tipo de transporte, oferecendo plena segurança viária.

Equipamentos transportadores

As cargas muito altas devem ser transportadas em veículos com plataforma mais baixa chamadasde carreta lagartixa, cargas muito compridas em carretas extensivas.

Carreta prancha reta
Com até cinco eixos este equipamento é indicado para transporte de cargas indivisíveis, máquinas e equipamentos de grande porte com peso líquido máximo de até 60 toneladas, variando com a tara do cavalo e da carreta.

Especificações técnicas:
Plataforma de carga de 6 a 7 metros;
Altura 1,10 m;
Largura 3,0 m.

Carreta prancha rebaixada

Indicada para o transporte de cargas indivisíveis, como máquinas e equipamentos de grande porte com peso líquido máximo de 60 toneladas, variando de acordo com a tara do cavalo e da carreta.

Especificações técnicas:
Plataforma de carga de 6 a 8 metros;
Altura: 0,90 m;
Largura: 3 m.

Carreta prancha lagartixa

Indicada para transporte de cargas indivisíveis e peças especiais altas e volumosas, com peso líquido máximo de até 60 toneladas, variando de acordo com a tara do cavalo e da carreta.

Especificações técnicas:
Plataforma de carga: 15 metros;
Altura da plataforma: 0,60 m;
Largura: 2,80 m.

Carreta extensível

Indicada para transporte de cargas indivisíveis em geral, com peso líquido máximo de até 35 toneladas, variando de acordo com a tara do cavalo e da carreta.

Especificações técnicas:
Plataforma de carga: 12 a 24 metros;
Altura da plataforma: 1,50 m;
Largura: 2,50 m.

Carreta carga seca

Equipamento específico para carga geral e cargas indivisíveis com peso até 32 toneladas, comprimento inferior a 15 metros e altura inferior a 3,50 metros.

Este sistema é utilizado para transporte de peças muito grandes que necessitam de manobras em lugares pequenos, pois este sistema trabalha com módulos individuais da plataforma, onde podem ser combinados para direção longitudinal e transversal.
Estes módulos são vendidos com módulos de dois, três, quatro, cinco e seis eixos, sendo que os mais vendidos são em pares.

Características de transformadores de força:

Classes de tensão até 500 KV (Unidade de medida de tensão).
Um KV representa 1.000 Volts (V).
Aplicação: geração, transmissão e distribuição de energia em concessionárias e substações de grandes indústrias como CELESC, COPEL, CHESF, etc.
Suas medidas dependem muito do projeto do cliente, cada peça tem suas medidas específicas. Porém, uma média que pode ser considerada nas dimensões é: 4,50 m altura x 3,20 m largura x 7,00 m comprimento = 100.8 m³, peso entre 30 e 70 toneladas.

Equipamentos para amarração do produto

Como requisito de segurança de transporte rodoviário é imprescindível à amarração correta da carga ao veículo de transporte. O sistema de amarração de carga deve ser suficiente para impedir que a carga seja arremessada para fora do veículo ou ainda impedir qualquer deslocamento que provoque alterações na distribuição de peso no veículo ou altere sua estabilidade.
Para este procedimento a empresa transportadora conta com o auxílio da engenharia da empresa fabricante do produto.
São utilizados: cabos de aço, esticadores, cintas; todos homologados pela sua capacidade técnica onde muitas vezes é necessário apresentar certificação.

Uma eficiente força de pré-tensão na amarração por atrito depende, dentre outros fatores, do ângulo α da cinta de amarração.
Para um ângulo de amarração de 90°, a força de pré-tensionamento possui 100% de eficiência. Para um ângulo de amarração de 30°, a força de pré-tensionamento possui somente 50% de eficiência.

As forças de fixação anulam o arrasto de carga durante a viagem, uma vez que a amarração absorve diretamente as forças produzidas pelos movimentos do veículo (acelerações, desacelerações e forças centrífugas).

O ângulo α é medido entre o equipamento de amarração e a superfície de carregamento.
O ângulo β é medido entre o equipamento de amarração e o eixo longitudinal da superfície de carregamento.
Para obtermos os maiores níveis de segurança e as menores capacidades de carga dos conjuntos de amarração, o ângulo α deverá permanecer no intervalo de 20º a 65º e o ângulo β deverá permanecer no intervalo de 6º a 55º.

  • Restrições para transporte

As restrições do trânsito são normatizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), com base em estudos de fluxo, visam reduzir riscos de acidentes em razão do aumento de demanda. As restrições podem ser específicas para AET ou genéricas quando restringem a todos os veículos transportadores de carga.

  • Portaria Nº 46 de 20 de dezembro de 2013.
  • Documentação (AET)

A agência reguladora responsavel pela emissão da Autorização Especial de Trânsito (AET) será responsável em fixar a velocidade máxima permitida e a necessidade de escolta onde ofereça completa segurança no transporte.
A AET é um documento emitido pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (DEINFRA), que autoriza o trânsito nas rodovias Estaduais sob sua jurisdição, após a análise e aprovação de documentos encaminhados pela empresa que realiza o transporte de cargas, regida pelas características do transporte requerido, conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e as Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).

A renovação da AET para transporte de cargas indivisíveis, Combinação de Veículos de Carga (CVC), Combinação para Transporte de Veículos (CTV) e Guindastes deverá ser solicitada com antecedência de 30 (trinta) dias corridos da data de término da validade da AET anterior, mediante apresentação desta e
de outros documentos a serem exigidos no ato da renovação.

Primeira AET

Documentos necessários para emissão da primeira aet – autorização especial de transito:

  • Preenchimento do Requerimento;
  • Procuração com firma reconhecida;
  • Cópia dos Certificados de Registro e Licenciamentos dos Veículos – CRLV – (Cavalo + Semi
  • Reboques);
  • Documentos exigidos no Art. 4, incisos I e II e todas as suas alíneas da Resolução nº 211/2006
  • do CONTRAN;
  • Cópia da Autorização Especial de Trânsito para as Rodovias Federais;
  • A Capacidade Máxima de Tração do Cavalo (CMT) deve ser igual ou maior ao Peso Bruto Total
  • Combinado (PBTC) da combinação.

Documentos necessários renovação da AET – autorização especial de transito:

  • Preenchimento do Requerimento;
  • Procuração com firma reconhecida;
  • Cópia dos Certificados de Registro e Licenciamentos dos Veículos ( CRLV : Cavalo + Semi
  • Reboques);
  • Laudo de Conformidade, conforme o Art. 5, paragrafo 1º da Resolução nº 211/2006 do
  • CONTRAN;
  • Cópia da Autorização Especial de Trânsito para as Rodovias Federais;
  • A Capacidade Máxima de Tração do Cavalo (CMT) deve ser igual ou maior ao Peso Bruto Total
  • Combinado (PBTC) da combinação.

A AET que exigir o acompanhamento de escolta credenciada somente poderá ser retirada mediante apresentação do seu contrato.

  • Rota traçada pelo DEINFRA

Roteirização de percurso é o estudo preliminar da viabilidade do transporte a partir do mapeamento das diversas rotas possíveis e do levantamento das condições, limitações físicas e operacionais, dos órgãos responsáveis, da legislação e dos requisitos para trânsito de cargas excedentes em cada uma delas.

  • Levantamento de dados para roteirização

Tipo de rodovia

  • Pista dupla com canteiro central;
  • Pista dupla com barreira central;
  • Pista dupla com faixa central;
  • Pista simples de mão única;
  • Pista simples de mão dupla.

Condição das rodovias

  • Condição do pavimento;
  • Tipo de pavimento.

Restrições físicas

  • Pontes, viadutos, passarelas e túneis;
  • Pórticos;
  • Limites para exigência de Estudo de Viabilidade;
  • Pontes e viadutos sujeitos a instrumentação;
  • Pontes e viadutos com previsão de obras;
  • Fiação elétrica, telefônica, TV a cabo;
  • Praças de pedágio;
  • Postos de pesagem;
  • Guard-rail em pontes e viadutos;
  • Altura de Guard-rail;
  • Pontes estreitas;
  • Topografia;
  • Rotas alternativas.

Restrições operacionais

  • Obras em execução;
  • Obras programadas;
  • Pontes com limitação de peso;
  • Horários de trânsito;
  • Restrição nos feriados prolongados;
  • Meteorologia;
  • Volumes de tráfego.

Órgãos com jurisdição sobre a via

Rodovias Federais:

  • CONTRAN- Conselho Nacional de Trânsito: É o órgão máximo normativo, consultivo e coordenador da política nacional de trânsito, responsável pela regulamentação do Código de Trânsito Brasileiro e pela atualização permanente das leis de trânsito.
  • DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes: Órgão executivo rodoviário da união, com jurisdição sobre as rodovias e estradas federais.
  • PRF – Polícia Rodoviária Federal: Tem a responsabilidade de fiscalizar o cumprimento das normas de trânsito através do patrulhamento ostensivo nas rodovias federais.

Rodovias Estaduais:

  • DEINFRA – Departamento Estadual de Infraestrutura: tem o objetivo de fiscalizar, controlar e administrar áreas de domínio de infraestrutura do estado.
  • DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito: É o órgão máximo executivo dos estados e do Distrito Federal, que cumpre e faz cumprir a Legislação de Trânsito, nos limites de sua jurisdição.
  • PRE – Polícia Rodoviária Estadual: Tem a responsabilidade de fiscalizar o cumprimento das normas de trânsito estaduais.

Vias Municipais:

  • Agentes de Trânsito (Exemplo de Blumenau: Serviço Autônomo Municipal de Trânsito e Transportes de Blumenau – SETEB).
  • Legislação específica

O transporte de cargas indivisíveis, com peso líquido acima de 30 toneladas, como equipamentos pesados, requer equipamentos especiais. Os cavalos mecânicos precisam ser reforçados e as carretas (reboques e semirreboques) projetados especialmente para este tipo de transporte, com características que procuram atender às necessidades básicas de cada tipo de carga: carretas tipo lagartixa para cargas altas; carretas extensivas para cargas muito compridas, conjuntos modulares com distribuidor de carga tipo gôndola ou viga para cargas muito pesadas, tipo: transformadores, rotores, etc.
Os profissionais envolvidos na operação do caminhão precisam ter familiaridade com este tipo deoperação, com o peso e dimensões das cargas a serem transportadas. Além destes, para cargas com largura acima de 3,20 m e/ou comprimento acima de 25,00 m e/ou altura acima de 5,00 m e/ou excesso posterior acima de 3,00 m e/ou peso acima de 74,00 Ton., a empresa é obrigada a disponibilizar batedores credenciados.

Conforme o Artigo 101 do CTB a autorização é de responsabilidade da autoridade com jurisdição sobre a rodovia. No caso de rodovias federais DNIT; estaduais, os DER’s e vias urbanas, os órgãos municipais. A responsabilidade pela solução de qualquer problema com o veículo carga é sempre do transportador e os principais problemas costumam acontecer na etapa do planejamento do transporte o que pode dificultar o processo de obtenção da AET, que costuma ser a etapa crítica no gerenciamento do transporte deste tipo de carga.

As normas que regulamentam o transporte de cargas indivisíveis, excedentes em peso e dimensões, se baseiam no CTB, em especial o Artigo 101, que garante à “autoridade com circunscrição sobre a via, a autoridade para concessão da autorização especial de trânsito, com prazo certo, válidas para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias”. Dessa forma cada órgão em sua respectiva jurisdição tem o poder de estabelecer as regras para esse tipo de transporte.
Veículos transportando cargas cujo PBT seja superior ao limite permitido, serão submetidos à pesagem. Caso os valores registrados sejam superiores aos limites estabelecidos pelo CONTRAN (Resolução nº 210/06) e Resolução 11/04 – DNIT, mas estejam dentro dos limites permitidos pela AET (Autorização Especial de Trânsito), o veículo será liberado para seguir viagem e não será emitido o Aviso de Ocorrência de Excesso de Peso.
Resolução do CONTRAN nº210/06, que todo veículo ou combinação cuja configuração apresente Peso Bruto Total maior que 45 Ton., passará a ter o limite legal de PBT/PBTC em função não só da soma dos eixos como também do seu comprimento total. Assim, o limite legal passará a ser a soma de seus limites por eixo ou grupos de eixo desde que esta composição tenha um comprimento mínimo de 16m para combinações do tipo Cavalo mecânico + semirreboque e de 17,5m para combinações do tipo Caminhão + reboque, ou combinações de veículos de carga (CVC´s) com mais de duas unidades, incluída a unidade tratora. Por outro lado, as composições que tenham comprimento total inferior aos mínimos acima indicados ficam limitadas ao máximo de 45 Ton. de PBT/PBTC (acrescido de tolerância legal de 5% de acordo com a Lei nº 7.408/85 de 25/11/1985), mesmo que sua classificação indique um limite legal superior pela soma dos limites por eixo.

  • AET – Autorização Especial de Trânsito

Artigo 101 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) – Lei nº 9.503 de 23 de setembro de 1997. Ao veículo ou combinação utilizado no transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser concedida, pela autoridade com circulação sobre a via, Autorização Especial de Trânsito (AET), com prazo certo, válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias.

§1º A autorização será concedida mediante requerimento que especificará as características do veículo e de carga, o percurso, a data e o horário do deslocamento inicial.
§2º A autorização não exime o beneficiário de responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou combinação de veículo causar à via ou a terceiros.
§3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via (AET), com prazo de seis meses, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias.

  • Pesos permitidos;
  • Tabela de escolta;
  • Exigências de concessionárias;
  • Exigências da PRF.

CONCLUSÃO

Com este trabalho conclui-se que para consecução de cada especialidade de transporte as empresas necessitam de um amplo conhecimento técnico, equipamentos especiais que atendam a especificidade de cada produto, entendimento de todas as Leis, Decretos, Resoluções, Normas Regulamentadoras e, sobretudo das boas práticas que regulam o mercado, ter um responsável técnico devidamente habilitado pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres e qualificado pela eficiência da operação a ser realizada, colaboradores bem treinados e particularmente conscientizados pelo bem estar da comunidade e meio ambiente, tomando todas as medidas necessárias para efetuar um transporte seguro e bem sucedido, resguardando as instituições (transportador e embarcador) por eventuais riscos de responsabilização cível e criminal inerentes da atividade exercida. Ressaltando que nem sempre o menor trajeto é o mais viável devido às restrições quanto às dimensões extraordinárias, seja largura, peso transportado e/ou altura do equipamento.
Dadas às restrições apresentadas, conclui-se por uma solução revolucionária, a utilização de um novo conceito de transporte, com menor impacto ambiental, redução das restrições de mobilidade viária, dos impactos de responsabilidade cível decorrentes do excesso de peso sobre as vias, e, sobretudo redução do tempo de trânsito do equipamento transportado.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério; Lei nº9. 503, de 23.9.97: Brasília; Imprensa Nacional; 1997.
BRASIL, Código de Trânsito Brasileiro: instituído pela Lei nº 9.503, de 23.9.97; 2ªedição; Brasília;
Imprensa Nacional; 2007.
Apostila; Curso de atualização para condutores de veículos de transporte de cargas com blocos de rocha
ornamentais e outras, SEST/SENAT; caderno do aluno; fev. 2011.
ENTREVISTAS
BANDOCH, Fabiana R.; vendas; empresa WEG Energia; e-mail: fabiana@weg.net; 05 fev. 2014.
GISLON, Marcelo; Diretor; Transportadora Gislon Ltda.; e-mail: marcelo@gislon.com.br; acesso em 05
abr. 2014.
WEBGRAFIA
http:// www.weg.net; acesso em 18 fev. 2014.
http://www.guiadotrc.com.br; acesso em 25 fev.2014.
Portaria Nº 46 de 20 de dezembro de 2013, disponível em http://www.sindipesa.com.br; acesso em 11
mar. 2014.
http://www.deinfra.sc.gov.br/download/mapas_rodoviarios/alta.jpg; acesso em 13 mar. 2014.
http://www.gislon.com.br/frota.php#; acesso em 13 mar. 2014.
http://www.transpi.com.br; acesso em 13 mar. 2014.
http://www.jwmtransportes.com.br/index.php?destino=equipamentos; acesso em 13 mar. 2014.
http://www.sindipesa.com.br; acesso em 11 mar. 2014.
http://www.denatran.gov.br/portarias.htm; acesso em 11 mar. 2014.
http://giantilogistics.ge/index.php?page=325&lang=eng#hmt; acesso em 15 abr. 2014.
http://www.pet.coppe.ufrj.br/index.php/producao/teses-de-dsc/doc_download/28-dirigiveis-umaalternativa-
para-o-transporte-de-cargas-especiais; acesso em 28 abr. 2014.
http://www.cavok.com.br/blog/?p=60331; acesso em 03 maio 2014.
http://ciencia.hsw.uol.com.br/dirigivel-aeroscraft.htm; acesso em 17 maio 2014.
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2014/02/empresa-avalia-uso-de-dirigivel-paratransporte-
de-cargas-pelo-pais-4413596.html; acessado em 27 maio 2014.
http://www.transaltransportes.com.br/dicas/amarracao-de-cargas; acessado em 07 jun. 2014.
http://www.rud.com.br/produtos/informacoes-tecnicas/tipo-amarracao-carga/; acessado em 07 jun. 2014.

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