Radiofrequência – (RFID)

Acadêmico: Francisco Roberto Moreno da Silva
 

Resumo

Este artigo tem a finalidade de pesquisar a tecnologia de rádio frequência identificado (RFID), sua história, desenvolvimento e aplicabilidade. Sem dúvida os inventores do código de barras, os americanos Norman Woodland e Bernard Silver, a mais de 50 anos, jamais poderiam imaginar a evolução desta tecnologia e os benefícios que trariam ao mundo. Apesar de a patente do código de barras ter sido concedida em 1952, o sistema só passou a ser utilizado comercialmente anos depois. O primeiro leitor de código de barras em um supermercado só foi instalado em 1974. Nestes últimos anos pesquisadores em tecnologia da informação inovaram o conceito de identificação, afirmam que em pouco tempo as etiquetas inteligentes farão parte de nosso cotidiano, estarão nos produtos que qualquer consumidor vier a comprar. Mario W. Cardullo requereu a patente para uma etiqueta ativa de rádio frequência identificado com uma memória regravável em 23 de janeiro de 1973. Nesse mesmo ano, Charles Walton, um empreendedor da California recebeu a patente por um transponder passivo usado para destravar uma porta sem a utilização de uma chave. Um cartão com um transponder embutido comunicava com um leitor/receptor localizado perto da porta. Quando o receptor detectava um número de identificação válido armazenado na etiqueta RFID, a porta era destravada através de um mecanismo. Hoje é uma das tecnologias mais discutidas, representa um grande salto e vem sendo utilizada em paralelo com outras onde há necessidade de rastreamento.

Palavras-chave: Tecnologia. Identificação. Sincronização.

INTRODUÇÃO

A tecnologia de radiofrequencia foi inicialmente utilizada de forma rudimentar na Segunda Guerra Mundial, quando foi utilizada no controle de radares de aviões inimigos.

Os alemães descobriram que, se os pilotos girassem seus aviões quando estivessem retornando à base, iriam modificar o sinal de rádio que seria refletido de volta ao radar. Esse método simples alertava os técnicos responsáveis pelo radar quando se tratava de aviões alemães ou não. Essa técnica foi considerada o primeiro sistema passaivo de identificação automática por rádio frequência.

[…] Posteriormente, os ingleses desenvolveram o primeiro identificador batizado como identify friend or foe (IFF). Foram instalados transmissores nos aviões britânicos e quando esses tranmissores recebiam sinais das estações de radar no solo, começavam a transmitir um sinal de resposta que identificava o aparelho como amigo, caso contrário, ele seria inimigo (PINHEIRO, 2006, p. 1).

A tecnologia se aperfeiçoou e ganha a confiança de empresas e instituições brasileiras. No Brasil se torna cada vez maior o número de projetos de automação na armazenagem, desde os mais simples, envolvendo apenas sistemas de separação de pedidos, passando por transelevadores, até os mais sofisticados em que toda operação tem um mínimo de intervenção humana. Os estudos iniciaram em 2004 apoiados por grandes corporações e também administrados pela GS1 que é ligada à Electronic Product Code – EPC global.

Associar os fluxos de conhecimento é mais difícil que adquirir um novo conhecimento é associá-lo coerentemente ao conhecimento tradicional para criar novas oportunidades de negócio. As organizações aprendem fazendo. Portanto, é crucial, que os altos executivos desenvolvam projetos específicos e pequenos. Os projetos são os portadores do novo aprendizado. Eles concentram a atenção da organização na solução dos problemas de associação do novo conhecimento ao antigo. As equipes de projeto com membros de várias disciplinas são imprescindíveis para o sucesso da aprendizagem e da aplicação daquilo que foi aprendido. O futuro não é o que acontecerá, o que está acontecendo. (PRAHALAD, 1999, p.40)

Problemas de pesquisa

Na década de 90, engenheiros da IBM desenvolveram e patentearam um sistema de RFID baseado na tecnologia ultra high frequency (UHF). O UHF oferece um alcance de leitura muito maior, aproximadamente seis metros sobre boas condições, e transferência de dados mais velozes. Apesar de realizar testes com a rede de supermercados Wal-Mart, não chegou a comercializar essa tecnologia. Em meados de 1990, a IBM vendeu a patente para a Intermec, um provedor de sistemas de código de barras. Após isso, o sistema de RFID da Intermec tem sido instalado em inúmeras aplicações diferentes, de armazéns a cultivo. Mas a tecnologia era muito custosa comparada ao pequeno volume de vendas, e a falta de interesse internacional.

O RFID utilizando UHF teve uma melhora na sua visibilidade em 1999, quando o Uniform Code Concil, o EAN internacional, a Procter & Gamble e a Gillette se uniram e estabeleceram o Auto-ID¹, dois professores, David Brock e Sanjay Sarma, têm realizado pesquisas para viabilizar a utilização de etiquetas de RFID de baixo custo em todos os produtos feitos e rastreá-los. A idéia consiste em colocar um número serial em cada etiqueta para manter o preço baixo, utilizando-se de um micro-chip simples que armazenaria apenas pouca informação. A informação associada ao número serial de cada etiqueta pode ser armazenada em qualquer banco de dados externo, acessível inclusive pela Internet.

Objetivo

Analisar as recentes informações dentre as mais relevantes sobre a tecnologia, tanto na pesquisa para desenvolvimento de novos padrões de chip quanto na aplicação comercial.
Permitir que os resultados até então divulgados na identificação por radiofrequência possam ser disseminados no meio acadêmico relacionado à área de logística de uma forma prática, contribuindo para a competência e conhecimento da tecnologia.

As avaliações das produções cientificam a praticada nas universidades, instituições de pesquisa e demais instalações tem contribuído para evidenciar importantes momentos das diferentes áreas do conhecimento, permitindo investigar tendências de pesquisa e outros aspectos importantes como também a experiência dos pesquisadores, professores e profissionais. (SILVA, 2001, p. 30)

Justificativa

O Brasil finalmente desperta para a aplicação de soluções que otimizem serviços de gerenciamento e controle em diversos setores da economia. Novas tecnologias apontam para a segurança e rastreabilidade de produtos.

O próprio governo federal percebeu isso e decidiu fazer sua parte com a criação do sistema de identificação, rastreamento e autenticação de mercadorias, em 2009. Outro importante passo foi dado com a recente determinação da Anvisa de identificar todos os produtos do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos com base em tecnologias de rastreamento.

A aplicação pioneira do sistema no Brasil nos remete a pelo menos cinco anos atrás, com a adoção do pedágio eletrônico em rodovias de São Paulo e Rio de Janeiro. Embora viva um ciclo de adaptação, em media de dez anos, como acontece com toda nova tecnologia, o sistema de RFID já enfrentou a fase de deslumbramento e desilusão, a exemplo dos celulares e da internet.

Com funções definidas, começa a apoiar setores fundamentais como o da saúde, por exemplo, hospitais começaram a adotar RFID ativo para identificar e localizar pacientes e membros da equipe, dispositivos RFID foram incorporados em pulseiras de identificação de pacientes para que o pessoal médico possa identificá-los eletronicamente antes de cirurgias, transfusões sanguíneas, e antes de administrar medicamentos. Além disso, sistemas foram implementados com o objetivo de localizar e acompanhar movimentos e fluxos de pacientes e de materiais através do hospital. Da mesma forma, a equipe médica recebe etiquetas RFID ativas incorporadas em crachás, a fim de recolher dados sobre presença e encontrar ineficiências nas operações hospitalares. Estes últimos tipos de sistemas têm sido implementadas principalmente em prontos socorros e centros cirúrgicos, que são locais onde há grandes volumes de pacientes e os riscos crescentes de erro médico.

Sua aplicação assegura a origem de um medicamento, além de gerenciar estoques e disponibilizar ferramentas de controle de entrada e saída de mercadoria. Por tratar-se de uma etiqueta inteligente, o sistema ainda pode ser rastreado em tempo real e gerenciado 24 horas por dia via web.

 Figura 01- Bio Chip RFID para implante em pessoas comparado a um grão de arroz - Fonte: Wikipédia
Figura 01- Bio Chip RFID para implante em pessoas comparado a um grão de arroz. Fonte: Wikipédia

Vale destacar que no segmento, explorado por distribuidora de medicamentos, clínicas e hospitais, o Brasil não deixa nada a desejar em relação ao mercado internacional.

A certificação desta informação são os cases apresentados no evento RFID Journal, realizado nos EUA, e que registrou a exposição de muitos produtos semelhantes aos brasileiros.

A logística é outra área vital para a adoção do sistema, em especial no controle automatizado de produtos em portos secos. Em Itajaí, Santa Catarina, uma das mais importantes empresas aduaneiras operadoras de dry-port da região Sul, já utiliza soluções em RFID para gerenciamento de seu pátio, agilizando a distribuição dos contêineres e reduzindo custos nas atividades.

Figura 02- Pátio de containeres - Fonte: Rfid journal
Figura 02- Pátio de containeres Fonte: Rfid journal

Todas as empresas sejam industriais, comerciais, ou de serviços têm tido uma necessidade cada vez maior da tecnologia da informação em seus processos e apresentar-se ao mercado por diversos meios, incluindo a Internet.

REVISÃO DA LITERATURA

Os diversos argumentos apresentados nas literaturas atuais abordam o assunto da nova tecnologia ainda de forma a se preocupar com a movimentação de materiais, controle fiscal ou os processos logísticos. De maneira geral não fazem referência à aplicação do RFID no cotidiano dos cidadãos, exceto quando abrange o controle em unidade hospitalar para identificação do paciente ou de medicamentos ministrados, com implantação subcutânea, pulseiras ou crachá. Em parte, denotam que as atenções estão voltadas para melhoria das definições de frequência do chip para superar as instabilidades provocadas por alguns ambientes ou materiais onde as tag´s são fixadas, sendo esse um passo importante para a continuidade na implantação comercial da tecnologia.

É indiscutível que essa preocupação quanto a um modelo mundial único, assim como foi o problema enfrentado para implantação da transmissão de dados eletronicamente, que levou a diversas discussões até se chegar aos modelos atuais, tem que continuar. Entretanto a aplicação em uma frequência universal ainda parece estar longe da realidade. A tecnologia é dada como procedimento sem volta, as empresas ou os desenvolvedores acreditam no sucesso e no contínuo desenvolvimento.

Já a aplicabilidade voltada à população em caráter pessoal, não abordada em momento algum, projetos para este fim. Podemos definir com a tecnologia, um histórico que compreende desde o nascimento até o óbito da pessoa. Vamos admitir que no início de uma gravidez, a genitora já tenha o seu chip, todos os exames, medicamentos e profissionais da saúde que fizeram o atendimento, estará registrado neste chip, após o nascimento o novo cidadão, recebe seu próprio chip contendo todo o histórico de filiação e os procedimentos efetuados em pré-parto, até o seu nascimento. A partir daí, este cidadão terá ao longo da sua vida todos os registros médicos, educacionais, trabalhistas, financeiros, lazer, etc. em um único cartão com o chip.

Isso pode mostrar um avanço significativo ao que se projeta para o cidadão neste momento. Em alguns países, se testa a carteira de identidade com chip, porém com dados limitados ao registro desta pessoa, ainda longe do citado acima.

O campo da pesquisa, em algum momento, elevará seus esforços para o aperfeiçoamento da tecnologia, buscando acima de tudo o controle individual de cada pessoa.

Isso não significa que seremos obrigados ou que estaremos abrindo uma lacuna para controle absoluto do estado e sim da qualidade de vida de cada um.

Muito se lê a respeito do supermercado do futuro que não terá caixas para efetuar a cobrança.

Não é só isso o importante, que precisa ser entendido. Imagine o varejo com o RFID funcionando devidamente na necessidade da companhia e essa extrair informações de consumo mensal dos seus clientes, informá-los de uma nova promoção com base neste consumo, dizer que na primeira semana ele costuma comprar tantos itens e que nesta mesma semana do mês seguinte, ele se esqueceu de um destes itens. A ação deste empresário pode ser uma indagação direta ao cliente: o senhor quer que mandemos entregar o produto faltante em sua compra semanal? Ou até, de forma simpática, comunicar o cliente que entre os itens adquiridos na última compra ou mês, ele não levou os produtos x, y e z, neste momento a análise direcionada para dados quantitativos e qualitativos como preço, qualidade, atendimento, consumo influenciam a tomada de decisão.

A infinidade de informações dirigidas e ainda não publicadas na cadeia, impressiona.

“A expectativa é que a busca pela tecnologia RFID continue progredindo tendo em vista que os benefícios que ela oferece levam à redução de custos, aumento da agilidade e otimização de processos, características ainda mais essenciais face à perspectiva desafiadora do atual cenário econômico. […]”

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia empregada na pesquisa faz referência à participação em congresso, eventos de câmaras setoriais, entrevistas, visitas técnicas onde a tecnologia está implantada e, provedores de soluções em RFID.

Informativos de companhias / laboratórios que hoje atingem o estágio de certificadores em RFID.

DESENVOLVIMENTO DO CHIP

O princípio de funcionamento da tecnologia RFID é bastante simples, composto por um transceptor ou leitora que transmite uma onda de frequência de rádio através de uma antena para um transponder, mais conhecido por tag. Responde aos sinais de radiofreqüência de um leitor, retransmitindo as informações.

O chip é divido em três partes. O próprio chip com seus componentes eletrônicos, antena conectada ao mesmo e a proteção do conjunto.

 Figura 03 – Comunicação leitor / transponder - Fonte: Pinheiro, 2006
Figura 03– Comunicação leitor / transponder
Fonte: Pinheiro, 2006


Figura 04- Esquema simplificado

O leitor de RFID opera com a emissão do sinal de radiofrequência que é a fonte de energia que alimenta o chip, que por sua vez responde com o conteúdo da sua memória. Ao contrário de um leitor de código de barras, um RFID não necessita de contato visual com a etiqueta.

Figura 05 - Tag
Figura 05 – Tag

Figura 06- Estrura típica de um transponder - Fonte: Pinheiro, 2006
Figura 06- Estrura típica de um transponder
Fonte: Pinheiro, 2006

Modelos de Tag´s (etiquetas)

Figura 07- Tag PowerG - Fonte: RFID Systems
Figura 08- Tag PowerG - Fonte: RFID Systems

O PowerG é um tag RFID que permite o rastreamento, de longo alcance e alto desempenho, de cargas e pallets, dos centros de distribuição até as lojas ou pontos de destino final. Os tags RFID PowerG são EPCglobal Class 1, compatíveis com dispositivos de altas taxas de leitura, mesmo na presença de materiais que frequência de rádio, tais como metais e líquidos.

O tag PowerP pode confiantemente rastrear pessoas com distâncias de até 20 metros (65 pés). O tag RFID PowerP pode ser usado para identificação por radiofrequência.

Laboratórios de acreditação

Os laboratórios de acreditação em RFID são concedidos com base na NBR ISO / IEC 17025, de acordo com diretrizes estabelecidas pela International Laboratory Accreditation Cooperation (ILAC) e nos códigos de BPL da Organization for Econonic Cooperation and Development (OECD)

Dentre as atividades de equipamentos de telecomunicações quanto à emissão e imunidade a radio interferência radiada, a câmara é preparada para atender a um determinado intervalo de frequência.

Calibração de fonte sonora de referência em câmara reverberante. Medição de ruído ambiental e de trabalho (ocupacional). Medição de coeficiente de absorção sonora em tubo de impedância com dois microfones, em câmaras reverberantes. Medição de emissão de potência sonora em câmara reverberante, em câmara semi-anecóica e in situ². Medição de tempo de reverberação de salas. Medição de parâmetros de qualidade acústica de salas.

No Brasil são poucos os laboratórios que são homologados para efetuarem a acreditação das etiquetas, ou seja, se de fato ela obedece a um padrão de funcionamento, leitura e segurança. Estes laboratórios trabalham comercialmente, trata-se de um produto oferecido ao mercado.

Figura 09 - Câmara semi-anecóicaFigura 10 - Equipamentos de controle da câmara.
Fonte: CPqD- Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações

Aplicações RFID

No mundo corporativo, a HP tem um projeto no Shopping Villa Olímpia, em São Paulo, batizado de Smart Shelf. Há uma espécie de totem, cujas prateleiras expõem cartuchos de impressoras. Os produtos têm etiquetas inteligentes, com chips, e o equipamento tem um leitor. É um nível de conexão idealizado quando começou a se pensar a “Internet das coisas” e que começa a aparecer.

O consumidor pode checar de casa se o cartucho que deseja está disponível, pois ele está de algum modo conectado à internet. Diversas iniciativas surgem em companhias como a Perdigão, Banco do Brasil, FedEx, fábrica da Honda em Manaus, trens da MRS e até centros de pesquisa na área.

Uma dessas iniciativas é o Faber Luber, uma entidade sem fins lucrativos de Curitiba. Eles pesquisaram a internet das coisas em áreas como a educação. Recentemente, desenvolveram um projeto em três estados brasileiros, chamado alfabetização digital para descobrir novas interfaces e juntar ensino e tecnologia. Há pouco tempo apresentaram um boneco que lê as sílabas que as crianças formam. Não é nenhuma inovação de ruptura, mas é interessante no objetivo.

O código eletrônico de produto (EPC) desenvolvido em 2002 permitirá, por exemplo, a leitura de todos os produtos que se encontrarem dentro de um carrinho de supermercado de uma única vez. A tecnologia permite identificar qualquer objeto, pessoa ou animal por meio de sinais de rádio. A identificação se dá quando os sensores de RFID instalados, denominados de antenas, detectam a presença dos dispositivos, chamados de etiquetas (tag) ou chip, é um transponder miniaturizado, fixado nos objetos ou pessoas. Além de detectar a presença, o sistema pode efetuar a identificação individualmente, uma vez que cada uma possui um código numérico único. Dessa forma, identifica o objeto ao qual a tag está presa e rastreia o seu movimento.

Fabricados em silício se dividem em três tipos: tags passivas, que respondem ao sinal enviado pela base transmissora, semi passivas e as ativas, dotadas de bateria, que lhes permite enviar o próprio sinal. Soluções que utilizam etiquetas de identificação por radio frequência começam a se tornar comuns também aqui no Brasil. Os segmentos que trabalham com logística, se beneficiado diretamente. Suas áreas de aplicação são igualmente as mais variadas: setor público (controle de passaportes, identificação de ativos em bibliotecas), farmacêutico (autenticidade de produtos), automotivo (imobilizador eletrônico de motor), varejista (controle do fluxo de mercadoria), aéreo (identificação e movimentação de bagagens em aeroportos), médico-hospitalar (identificação de pacientes, controle da administração de medicamentos).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O RFID é uma poderosa e versátil tecnologia para identificar, rastrear e gerenciar uma enorme gama de produtos e pessoas.

Atualmente empresas desenvolvedoras de softwares fazem a customização final de acordo com a realidade de cada cliente, outras além de deterem o software possuem equipamentos como o portal de leitura, espécie de trave por onde passam todos os volumes para serem lidas as tag’s de uma única vez. O melhor aspecto desta tecnologia atualmente é a possibilidade de garantir, em toda a cadeia logística, a acuracidade dos dados referentes ao desenvolvimento de um determinado produto, a rastreabilidade e suas implicações para colocá-lo no mercado ao menor custo possível. Em um ambiente onde a competitividade, concorrência, qualidade e aceitação pelo cliente final são cada vez mais solicitadas, os custos de desenvolvimento, aquisição de matéria prima, produção, armazenagem, transporte e distribuição têm impacto direto no resultado positivo de lucro e sucesso do produto no mercado.

Por se tratar de uma tecnologia cujo início data a mais de cinquenta anos, não está claro o porquê do pouco avanço, se comparada com outras, ou ainda os motivos que retardaram a chegada ao nível em que ela se contra hoje.

A pesquisa ainda propiciou notar que existe um número significativo de empresas que não tem o código curto interno atrelado ao código de barras do fornecedor, por vezes o próprio fornecedor não dispõe do código para identificar seus produtos. Na outra ponta, existem empresas que se preparam para a implantação dos códigos, mas já o fazem diante de uma tecnologia praticamente ultrapassada, uma vez que o RFID é mais avançado.

Observo que existem muitas dúvidas quanto a funcionalidade dos tag´s, porém as empresas que acreditarem e saírem na frente terão, em termos de competitividade, um diferencial importante.

A tecnologia está disponível, e pelo menos deve ser vista como um plano piloto para adequação e verificação da aplicabilidade real em cada segmento.

¹ Auto-ID é uma das principais redes de laboratórios de pesquisa acadêmica composta por sete renomadas universidades do mundo, localizadas em quatro continentes.

² In situ – expressão latina, no lugar

REFERÊNCIAS

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Dellagnelo, G. Rastreamento por RFID: revista Brasil Ecônomico. São Paulo: 2010, Disponivel em http://www.brasileconomico.com.br/noticias/ratreamento-por-rfid_879662.html Acesso em 10 dez 2010

Exame.com: http://portalexame.abril.com.br/blogs/zeros-e-uns/2010/06/30/a-internet-das-coisas-esta-mais-perto-do-que-se-imagina/#more-212969 Acesso em 10 dez 2010

GLOVER, B; BHATT, Himanshu. Fundamentos de RFID: Rio de Janeiro: Atlas Boocks, 2007. P. 227.

GS1 Brasil: http://www.gs1br.org
Acesso em 10 dez 2010

Gtt Goods That Talk: http://www.gtt.com.br
Acesso em 10 dez 2010

PINHEIRO,J.M.S. Identificação por radiofreqüência: aplicações e vulnerabilidade da tecnologia RFID. Caderno UniFOA, Volta redonda, ano 1. N. 2, Nov 2006. Disponível em: http://www.unifoa.edu.br/pesquisa/caderno/edicao/02/18.pdf. Acesso em 10 dez 2010

PRAHALAD, C.K. Reexame de competências: revista HSM Management. São Paulo: Savana, nov./dez. 1999, p.40, n.21, ano 2.

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Acesso em 10 dez 2010

Saint Paul: 10 Congresso Brasileiro de tecnologia, sistemas e serviços com RFID, Disponível em http://www.rfid.ind.br.
Acesso em 10 dez 2010

SANTOS, A. R. Metodologia científica: a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

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