A entrega por drone é uma modalidade de transporte aéreo não tripulado que pode ser manipulada remotamente e que vem sendo muito utilizada atualmente. Essa tecnologia promete agilidade, segurança e redução de custos para entregas de pequenos volumes em áreas urbanas. Essa ideia vem sendo obtida através das indústrias 4.0 que visa o aumento de produção por meio de tecnologias, sendo assim, tornando-se uma prática cada vez mais comum.

Uma das primeiras empresas a empregar essa tecnologia para os serviços de entrega foi a Amazon, companhia americana de e-commerce. A maioria dos drones utilizados por empresas de loja virtual são alimentados por bateria e podem ser recarregados quando conectados a uma fonte de energia. O tempo médio de voo desses aparelhos é de 30 minutos e a maioria deles pode transportar pacotes de até 4,5 kg.

Além da ideia ser inovadora, a entrega por drone envolve algumas etapas importantes, como:

Planejamento de rotas: Os drones devem ter rotas pré-determinadas para evitar obstáculos e garantir a segurança do voo.

Controle de tráfego aéreo: Como os VANT’s (No idioma português: Veículo Aéreo Não Tripulado) compartilham o espaço aéreo com outros veículos, é necessário um controle de tráfego aéreo para evitar acidentes.

Gerenciamento de estoques: É preciso ter o estoque localizado em locais estratégicos para permitir que os drones possam coletar e entregar os produtos de maneira rápida e eficiente.

Controle remoto: A equipe de controle remoto deve estar preparada para lidar com possíveis problemas que possam surgir durante o percurso.

Comunicação: É importante manter uma comunicação clara e constante entre a equipe de controle remoto e o drone, a fim de garantir uma entrega segura e eficiente.

Cenário Nacional

Contudo, no Brasil, esta modalidade já está em utilização. No estado da Bahia, desde meados de fevereiro, os drones têm coletado amostras biológicas de laboratórios de um hospital de Salvador (BA) e transportado para o local da análise, na cidade de Lauro de Freitas. Esse processo tem agilizado as entregas das amostras em 30 minutos. Os voos realizados até o momento houveram a redução de até 92,5% no tempo de transporte, mas a expectativa é de reduzir ainda mais, dizem os responsáveis.

De acordo com um estudo divulgado pela McKinsey em 2018, é previsto que 80% de todas as entregas sejam realizadas por drones no futuro, com algumas mudanças já perceptíveis a partir de 2025. Os VARP’S oferecem vários benefícios, como:  maior segurança, rapidez, conveniência e controle em operações logísticas, além de poder reduzir substancialmente os custos com combustíveis e mão de obra de motoristas e entregadores como já visto.

Além disso, um estudo publicado na revista Nature confirma que os drones podem ter um impacto positivo no meio ambiente, com uma possível redução de emissão de gases poluentes dos veículos terrestres, especialmente os caminhões movidos a diesel.

Indicadores de tendências

Vejamos agora três indicadores de tendências que ficaram ainda mais evidentes e próximas da nossa realidade:

  • Cerca de 20% a 25% dos consumidores escolheriam a opção de entrega no mesmo dia ou até mesmo na mesma hora, se o preço do frete fosse mais baixo do que o praticado atualmente. Esses consumidores desejam ter mais opções de entrega, o que evidencia o potencial dos drones para as entregas de última milha.

  • Os drones autônomos, que podem ser controlados por inteligência artificial e não exigem intervenção humana em tempo real, têm um enorme potencial de expansão, sendo considerados uma das tecnologias mais promissoras no mercado atualmente.

  • As dinâmicas competitivas estão em constante mudança e as empresas do mercado precisam estar preparadas para operar com as tecnologias mais avançadas disponíveis, uma vez que as mudanças ocorrem rapidamente. Permanecer defasado em relação aos concorrentes pode ser fatal para os negócios.

    Obstáculos para a implantação

    No entanto, há quatro motivos pelos quais a entrega ainda não está acontecendo em grande escala: 

  • É necessário ter um bom volume de pedidos em um mesmo local para que o custo da operação com drones seja viável.
  • Os drones ainda estão em fase de evolução e passando por testes.
  • Last Mile — saída do produto do centro de distribuição direto para as mãos do consumidor final. Isso porque é preciso garantir para o cliente final que seu produto será entregue dentro prazo e com toda a segurança necessária.
  • No Brasil, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) é responsável pela regulação da entrega por drones, homologando todos os equipamentos para o espaço aéreo do país (sendo este dividido com helicópteros e aviões) e estabelecendo as regras de operação.

    Apesar dos casos supracitados, essa utilização no dia a dia será um grande desafio para as empresas que terão que conseguir encaixar a função e o modo como o drone será usado tendo em vista os trâmites legais atuais. No momento, a regulamentação por drones diz que a carga máxima suportada por um drone logístico, incluindo seu próprio peso, é de 25 kg – configurando-o como Aeronave Classe 3 de acordo com a resolução RBAC-E94 da ANAC.

    A questão que trouxe os drones à tona foi a possibilidade de customizar o serviço de entrega para o cliente, que escolhe o horário e o local exatos em que gostaria de receber suas encomendas. Com esse novo tipo de demanda por parte dos consumidores, as empresas precisam se preparar para atender um mercado que não quer mais esperar e exige um atendimento ágil e de qualidade.

    Isso significa que além da entrega de alimentos ou pequenas cargas de varejo, os drones podem fazer a diferença no transporte de produtos de alto valor agregado, medicamentos e insumos hospitalares trazendo uma grande facilidade e agilidade na entrega.

    Ao utilizá-los na entrega de mercadorias, a empresa poderá atingir esses aspectos com muito mais eficiência. Dessa forma, a satisfação do cliente tende aumentar, a redução de custos diante do frete rodoviário também é visível e a sua fidelização será garantida.

    Saiba mais sobre as taxas de frete rodoviário acessando nosso artigo: Taxa de frete rodoviário ? Quais as indispensáveis para a correta formação de preço.

    Isabelle Volpato de Mattos

    Consultora Comercial

    Thaissa Eduarda da Silveira

    Consultora Comercial

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