Empreender com Motivação e Responsabilidade – “INDO ALÉM”

O assunto deste artigo tem um match forte com os desafios que todo empreendedor enfrenta quando está começando. Se você já passou da fase inicial talvez tenha concluído que este texto nada acrescentará para você.

Talvez!

Fique à vontade para não seguir, a menos que você seja do tipo de pessoa que mantém a crença de que sempre temos algo a absorver e, por menor que seja o aprendizado, todo aprendizado conta.

Antes de mais nada, não pretendo aprofundar no conceito de MVP, sigla para Minimum Viable Product, que em português significa Produto Minimamente Viável. Este é um termo super difundido e bem conhecido nos dias atuais. Basta dar um “google” aí que você vai encontrar explicações para todo nível de conhecimento.

Para facilitar sua vida, trouxe aqui uma explicação de um artigo da Endeavor:

MVP é um conjunto de testes primários feitos para validar a viabilidade do negócio. São diversas experimentações práticas que serão desenvolvidas levando o produto a um seleto grupo de clientes… Mas não é o produto final!

O MVP prova a visão inicial da startup, revelando se aquela boa ideia corresponde mesmo um produto interessante (na vida real) ou se era apenas uma “expectativa utópica”, sem lastro com as demandas práticas do mercado.

Ok! Tendo alinhado com você que minha intenção aqui não é apresentar mais um artigo sobre um tema já bastante falado, qual é a finalidade deste conteúdo?

Quero falar sobre o que realmente faz um negócio ter a chance de dar certo: ter um produto que resolve um problema real, isto é, a dor de alguém na vida real. Não o contrário.

Pretendo ajudar você a se desviar da triste realidade dos produtos que procuram problemas para resolver, ao invés de seguirem o fluxo oposto: primeiro ter clareza de qual é a dor/problema/necessidade e só então “nascer”.

Por mais estranho que possa parecer, existem muitos negócios com produtos procurando um problema para chamar de seu. Isso mesmo, produtos feitos a partir de conceitos que só fazem sentido na cabeça de seus idealizadores, mas que nada acrescentam para as pessoas ou empresas.

Infelizmente, isso existe. Pior, é mais comum do que imaginamos e não acontece só com empreendedores inexperientes.

Você conheceu o Google+? A rede social do Google, que não caiu na graça do público já amante do Facebook, Twitter, Instagram e afins, apesar de ter ficado no ar por quase 8 anos.

Sim, o Google também vacila. Sabe por quê?

Como empreendedores, tendemos a confiar muito (ou até demais) em nossas ideias. Talvez por isso, insistimos em ignorar sinais claros do mercado sobre a importância do que queremos oferecer.

Você pode tentar gastar seu francês explicando por que é um bom pescador ou mostrar o cesto cheio de peixes.

Lembro de uma grande lição aprendida quando ainda estávamos nos primeiros meses da Hiper. Na época, nós fomos acelerados pela Ace, uma das melhores aceleradoras de startups da América Latina. Bons tempos da Ace que ainda chamava-se Aceleratech.

Todo dia alguém chegava da rua, gritando que tinha fechado negócio, e o Pedrão, um dos fundadores da Ace, sempre devolvia com a pergunta: emitiu a nota fiscal?

Quanto mais notas fiscais emitidas, mais clientes. Mais clientes, mais peixes dentro do cesto.

Isso é sinal de que você tem algo que resolve o problema de alguém. Pode ser apenas um sinal, pois para ter crescimento tem que vender e manter o cliente, mas é um graaaande sinal: se o cliente abre o app do banco e paga seu boleto, significa que você está resolvendo alguma dor real.

Fechou negócio? Sim. Emitiu a nota fiscal? Não, preciso ainda aguardar o ok final do cliente, porque (…) – isso te soa familiar?

Antes de gastar recursos preciosos (tempo + dinheiro) fazendo um produto completão, cheio de penduricalhos, perfeito, de dar orgulho, assuma que você precisa de algo ainda mínimo, um MVP.

E mais, baseado em tudo que expliquei anteriormente, independente de qual dos conceitos de MVP que você tenha assumido seguir, nada é mais importante que um Produto Minimamente “Vendável”.

Vendável, passível de ser vendido, que se pode ou deve vender; vendível. Que tem facilidade de ser vendido; que se vende bem, tem boa saída, de boa aceitação no mercado. Obrigado Oxford Language por me emprestar seu conceito sobre o termo.

Definitivamente, isso é o que importa no começo – e sempre.

Nem produto demais, nem de menos. No começo quanto menos, melhor para saber se você está no caminho certo. Mas, acima de tudo, algo vendável. Algo pelo qual seu cliente paga e tem vontade de te mandar um textão agradecendo por tornar a vida dele mais feliz.

Não se apegue demais à sua “criação”, não procure a perfeição antes de estar alimentando seu caixa. Vender é sempre o melhor caminho para fazer uma empresa dar certo.

Venda o que tem. Isso mesmo, venda o que você tem para vender, nunca tire a prioridade de vender. Não espere estar perfeito, talvez nunca estará.

Reza a lenda que quando Bill Gates anunciou o Windows ele justificou que era só a primeira versão, um pouco aquém do que os competidores ofereciam, algo que ainda receberia muitas atualizações ao longo da vida.

Mas, o Windows estava ali para ser vendido. E desde então, ele está atualizando (atualizando, atualizando…) até hoje, mas com um porém: ele faz isso estando na lista dos mais ricos do mundo.

Se é fato mesmo, não sei. Apenas pense nisso!

Fonte:  Tiago Vailati – Fundador é ex CEO da Hiper.

Linkedin: encurtador.com.br/dxFSZ

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